MULHERES REAIS, MULHERES DE TODOS OS DIAS!

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Por Claudia Carraro*

 

Desde 1910, comemora-se no dia 8 de março o Dia Internacional da Mulher. Foi durante a II Conferência Internacional sobre as mulheres, na Dinamarca, que foi instituída esta data em homenagem as operárias de uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, que morreram queimadas enquanto realizavam uma greve por melhoria nas condições de trabalho e redução da carga horária. Já nesta época se observava a diferença e a discriminação entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Com o passar dos anos, a mulher foi conquistando seu lugar no mercado de trabalho. Porém, ainda hoje existem diferenças salariais entre mulheres e homens que exercem a mesma função. Segundo pesquisas, a mulher tem a remuneração 10,13% menor que a do homem. A pressão é muito grande sobre as funcionárias mulheres, obrigando-as a terem melhor desempenho que os homens para provar que são capazes. Além disso, muitas delas, ao chegarem em casa ainda precisam ser mães, esposas e administradoras do lar. Algumas saem de casa para trabalhar antes do marido e retornam depois. A mulher que possui uma carreira, atualmente questiona sobre suas escolhas, com dúvidas sobre investir seu tempo e seus esforços em uma carreira profissional ou dedicar-se à construção da família. São poucas as políticas criadas no local de trabalho e na sociedade que apóiam as mães que trabalham fora do lar. Por exemplo, somente em 1988 foi instituída a licença-maternidade de 120 dias para mães biológicas e em 2002 para mães adotivas. Apesar de todas as dificuldades que ainda são encontradas no mercado de trabalho, muitas mulheres que optaram por cuidar da família e deixaram suas carreiras de lado, antes de se casarem ou terem filhos, estão repensando suas vidas e principalmente suas profissões. São esposas e mães que agora com os filhos crescidos tem mais tempo para dedicarem a si mesmas. Entretanto, esta decisão de repensar a vida não é tão fácil. Como exemplo, algumas mães sofrem da “Síndrome do Ninho Vazio”, que é um conjunto de sintomas, geralmente associado a quadros depressivos, que acometem principalmente mulheres que se dedicaram a maior parte do tempo de suas vidas desempenhando um único papel, o de ser mãe, e, de repente, vêem a casa vazia porque os filhos foram viver suas vidas. Independente da idade e condição financeira, a mulher pode repensar sua vida profissional, fazer planos para o futuro. O importante é se autoconhecer, saber das aptidões e interesses e as possibilidades de ter um trabalho que traga realização sem, contudo, deixar de lado os outros papéis que desempenha na vida, sendo neste caso o equilíbrio fundamental.

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*Claudia Carraro é psicóloga e coach de escolha, transição e desenvolvimento de carreiras . Trabalha com coaching ajudando pessoas que estão realizando a primeira escolha profissional e com adultos que estão redirecionando ou querem alavancar a carreira. Palestrante e Professora de Pós-Graduação.

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