Estresse e Burnout, qual a relação?

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Estresse e Burnout, qual a relação?

Você tem percebido, nos últimos tempos, um aumento considerável de pessoas que estão em sofrimento devido ao seu trabalho?

Horas excessivas de trabalho, pressão por resultados, metas irrealistas, ambiente tóxico, chefia mal preparada, somados ao desgaste emocional causado pela pandemia, tem deixado muitos trabalhadores doentes.

O aumento da procura por tratamento psicológico foi absurdamente grande nos últimos meses, principalmente com queixas de estresse e burnout, assim como seus desdobramentos a ansiedade e depressão.

Mas afinal, estresse e burnout são a mesma coisa?

A resposta é não!

O estresse não é um termo novo. Desde os anos 50 ele já vem sendo estudado (Selye, 1952).

 As 4 fases do estresse

O estresse é sintetizado em 4 fases (Selye,1952;Lipp 2001):

  • ALERTA- quando a você se encontra em uma situação estressora, interna ou externa. Neste momento já aparecem os sintomas.
  • RESISTÊNCIA- quando você tenta reestabelecer o equilíbrio interno (Homeostase). Neste momento você tenta controlar os estressores e os sintomas tendem a desaparecer ou diminuir.
  •  QUASE EXAUSTÃO- neste momento, você já excedeu o seu limite , já houve a quebra da resistência física e emocional. As doenças começam a surgir, mas não tão grave quanto na próxima fase.
  • EXAUSTÃO- fase negativa, patológica. Doenças graves podem ocorrer, depressão, úlcera, pressão alta. Podem ocorrer decisões impensadas.

O burnout, é um transtorno incapacitante que é resultante do estresse, isto é ,um subtipo de estresse crônico e mais grave. Ou seja, quando o estresse já chegou na fase de exaustão e está acontecendo devido a ocorrências do trabalho, pode-se dizer que é burnout.

A síndrome de burnout, ou simplesmente burnout, tem prevenção e tratamento. A prevenção pode ser feita pela própria organização, quando proporciona programas de saúde mental, qualidade de vida e engajamento no trabalho. O profissional também pode prevenir o burnout mantendo a qualidade de vida por meio de exercícios, alimentação saudável e até mesmo aprendendo a lidar com os estressores através da terapia.

Você tem se sentido estressado atualmente?

Claudia Carraro-psicóloga e coach cognitivo-comportamental

Imagem : Canva

Fontes consultadas:

CARVALHO, A.V.(org). Terapia Cognitivo-Comportamental na Síndrome de  Burnout. Contextualização e intervenções: Porto Alegre. Sinopsys, 2019.

LIPP,M.Estresse emocional: a contribuição de estressores internos e externos.Revista Psiq. Clinica, v.28, n.6, p.347-349, 2001.

SELYE, H. The story of the adaptation syndrome. Montreal:Acta, 1952

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