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Traumas na Infância: Alterações no Cérebro e no Corpo
Se você passou por momentos difíceis na infância, precisou enfrentar situações desafiadoras, isso pode ter afetado consideravelmente seu corpo e mente enquanto você crescia. E isso pode ter tornado mais complexo lidar com problemas emocionais quando se tornou adulta.
Por exemplo, se você passou por abuso ou negligência na infância, isso pode ter dado início a uma série de alterações tanto em seu cérebro quanto em seu corpo. Essas mudanças podem persistir ao longo do tempo, impactando até mesmo seus genes.
Imagine que você tenha sofrido um trauma grave no passado, quando era criança. Isso pode ter alterado o modo como reage as situações , fazendo de você alguém que presta muita atenção quando alguém ao seu redor fica com raiva, além de sentir um medo intenso diante de ameaças.
Os Fantasmas do Passado: Como Traumas de infância Afetam suas Reações Emocionais
Tudo isso acontece porque o trauma interfere na maneira como seu cérebro e corpo funcionam, dificultando o controle de suas emoções e reações. Traumas emocionais, afetam profundamente o seu cérebro, levando a alterações significativas em como você pensa e sente.
Por exemplo, imagine-se como alguém que enfrentou um trauma emocional. Você pode ficar constantemente alerta a sinais de perigo, como expressões faciais assustadoras de outras pessoas, ou ficar mais reativa.
Consequências Invisíveis: O Poder dos Traumas de infância na Configuração Mental
Além disso, o trauma emocional pode influenciar substâncias no seu cérebro, desencadeando desequilíbrios hormonais e de neurotransmissores. Isso, por sua vez, pode resultar em reações emocionais intensas, como raiva ou medo, e comportamentos associados, como agressividade ou evitação.
Por outro lado, algumas pessoas podem sentir-se desconectadas emocionalmente devido ao trauma, como se estivessem observando tudo de longe, sem um envolvimento completo. Isso é influenciado pelo sistema nervoso parassimpático e é chamado de despersonalização.
Portanto, traumas emocionais podem ter várias consequências em seu funcionamento mental e emocional, afetando profundamente a maneira como você pensa, sente e age.
Estresse Crônico e Ansiedade: Como o Cérebro se Adapta às Pressões
Quando você enfrenta inúmeros problemas emocionais, seu cérebro pode sofrer mudanças que resultam em ansiedade. Por exemplo, considere alguém que lida com estresse repetido, como o medo de falar em publico ou de multidão.
Esse estresse pode levar o seu cérebro a criar mais conexões em partes chamadas de amígdala, que estão relacionadas ao medo. Enquanto isso, outras partes do cérebro, como o córtex pré-frontal (responsável por tomar decisões e controlar impulsos), podem diminuir de tamanho e tornar-se menos ativas.
Essas mudanças podem fazer com que você se sinta ansiosa e evite situações que normalmente não seriam amedrontadoras. Você também pode estar sempre alerta e ter memórias traumáticas surgindo constantemente.
Portanto, quando você enfrenta estresse emocional constante, isso afeta o seu cérebro de maneiras que podem causar ansiedade e modificar o seu comportamento
O EMDR: Uma Terapia Revolucionária para Superar Traumas de infância
O EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) é uma abordagem de terapia que foi desenvolvida para ajudar pessoas a superar traumas e outros distúrbios emocionais. Ela se baseia na ideia de que eventos traumáticos podem levar a bloqueios no processamento cognitivo e emocional dessas memórias. O EMDR utiliza a estimulação bilateral, como movimentos oculares, toques ou estímulos auditivos, para ajudar o cérebro a reprocessar e assimilar as memórias traumáticas de uma maneira mais saudável.
Como o EMDR funciona no cérebro:
Estímulo Bilateral: Durante uma sessão de EMDR, o terapeuta direciona a atenção do paciente para o trauma, enquanto ao mesmo tempo fornece algum tipo de estímulo bilateral. Isso pode envolver o acompanhamento visual dos dedos do terapeuta enquanto eles se movem da esquerda para a direita, ou pode ser feito através de estímulos táteis ou auditivos alternados. O objetivo é criar uma forma de movimento rítmico e bilateral que estimule ambos os hemisférios cerebrais.
Reprocessamento das Memórias Traumáticas: A teoria por trás do EMDR sugere que essa estimulação bilateral ajuda o cérebro a processar a memória traumática de maneira mais adaptativa. Isso significa que a memória é revisitada, mas as emoções intensas e negativas associadas a ela são reduzidas. O objetivo é permitir que a pessoa integre a experiência traumática em sua narrativa de vida de uma forma menos perturbadora.
Exemplos de como o EMDR pode ser eficaz no tratamento de traumas de infância:
Abuso Infantil: Uma pessoa que sofreu abuso na infância pode ter memórias traumáticas que a assombram ao longo da vida. O EMDR pode ajudar a reduzir a intensidade do medo e da ansiedade associados a essas memórias, permitindo que o indivíduo processe o trauma de uma maneira menos debilitante.
Negligência Parental: Crianças que enfrentaram negligência emocional ou física podem desenvolver crenças negativas sobre si mesmas e dificuldades emocionais. O EMDR pode ajudar a identificar e modificar essas crenças negativas, permitindo que o paciente desenvolva uma autoimagem mais saudável.
Traumas de Separação: Traumas decorrentes de separações traumáticas de pais ou cuidadores na infância podem levar a problemas de apego e relacionamentos posteriores. O EMDR pode ajudar a processar os sentimentos de abandono e desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com a separação.
Traumas de Testemunhar Violência Doméstica: Crianças que testemunharam violência doméstica podem sofrer traumas emocionais. O EMDR pode ajudar a reduzir os sintomas do estresse pós-traumático relacionados a essas experiências e melhorar a capacidade da pessoa de lidar com relacionamentos interpessoais.
Lembrando que o EMDR é uma abordagem terapêutica especializada que deve ser administrada por um terapeuta treinado.
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Claudia Carraro
Terapeuta de EMDR especialista em Traumas