Carreira de diplomata atrai mais candidatos que cursos da Fuvest

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por Thalita Battistin

 

 

O Brasil conquista cada vez mais importância no cenário internacional e com este destaque a carreira de diplomata ganha força e desperta o interesse de muitos brasileiros, tanto que o desejo de atuar nesta área já supera a procura pelas profissões mais disputadas da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Segundo a instituição, o curso de Engenharia Civil do campus de São Carlos liderou o ranking das carreiras mais concorridas na Universidade de São Paulo para o vestibular 2012, com 3.136 inscritos, o que dá 52,27 candidatos por vaga. Já o último concurso para ingressar na diplomacia brasileira, realizado em 2011, atraiu 7.180 pessoas, ou seja, 276,15 por vaga, conforme números do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB), que organiza o concurso.

 

Ser diplomata é considerado atraente pela importância de atribuições e responsabilidades que o cargo exige, além do aspecto financeiro – o salário inicial é de R$ 12 mil, segundo a diretora-executiva e coordenadora geral da Escola Superior Diplomática, Claudia Gonçalves Galaverna.

 

A coordenadora do curso preparatório Clio, Cinthia Lessa, explica que para seguir essa profissão, o candidato precisa prestar o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD), um concurso público oferecido anualmente pelo Instituto Rio Branco. “Além disso, é necessário ter concluído um curso de nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), ser brasileiro nato e estar em dia com as obrigações eleitorais e militares”.

 

Depois da aprovação no concurso, as atividades são definidas com um plano de carreira, de tal forma que o novo diplomata continua estudando por um ano no Instituto Rio Branco e depois faz um estágio de seis meses em algum país da América do Sul. Após essa experiência, ele pode optar por seguir carreira no Brasil ou no exterior.

 

O diplomata tem como responsabilidade representar o Brasil no exterior, colher informações e formular a política externa do país, participar de reuniões internacionais em nome do Brasil, assistir a missões no exterior de setores do governo e da sociedade, proteger seus compatriotas, promover a cultura e os valores brasileiros.

Formados em direito lideram

 

 

O interesse em seguir a diplomacia abrange todas as áreas profissionais (humanas, exatas e biomédicas), mas segundo análise estatística do Instituto Rio Branco, a maior concentração de candidatos aprovados está nas ciências sociais. “Os concursandos que apresentam melhor desempenho seguem esta ordem: direito, administração, contabilidade, economia, arquitetura e urbanismo, ciências da informação, comunicação e serviço social”, informa Cinthia.

 

Um exemplo é o diplomata Luis Fernando Cardoso de Almeida, formado em direito pela Universidade de São Paulo. Insatisfeito com a carreira de advogado, ele resolveu arriscar e mudar. “A idéia de seguir a carreira diplomática surgiu após uma conversa com um embaixador aposentado, que mostrou como a diplomacia pode ser interessante para pessoas que não gostam de rotina, apreciam conhecer outros países e culturas e se interessam por uma gama variada de temas e assuntos”, analisa.

 

Para conquistar a vaga, o advogado parou de trabalhar, diminuiu as saídas com os amigos, parou de praticar seu esporte predileto, o tênis, e se matriculou em um curso preparatório, no qual estudava de seis a oito horas por dia. “É um concurso que exige dedicação e persistência. São questionados conhecimentos bastante profundos em várias matérias, como política internacional, direito, economia, português, história e geografia, além do conhecimento em línguas como inglês, francês e espanhol”, afirma.

 

Outro advogado que pretende seguir o mesmo caminho de Almeida é Marcio Bueno, aluno da Escola Superior Diplomática. Ele prestará o concurso este ano e estuda sete horas por dia. “Exerço a advocacia há dez anos e não estava 100% satisfeito com a profissão. Então decidi partir para outro desafio”, informa. O candidato alega que escolheu a diplomacia porque pode utilizar, no dia a dia da profissão, seus conhecimentos de advogado.

Fonte: CANAL RH

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