RESPEITO AS DIFERENÇAS, BASE DA BOA CONVIVÊNCIA!
Por Claudia Carraro
Conflito entre as diferentes gerações é assunto freqüente na mídia, em títulos de livros e em congressos da área de Gestão de Pessoas. Os profissionais que trabalham na área de Recursos Humanos estão constantemente criando políticas de incentivos para reterem os talentos e conversando sobre como fazer para que as diferentes gerações trabalhem juntas sem que os conflitos atinjam os resultados da empresa. Existem algumas definições para as diferentes gerações. Como exemplo, temos os chamados “baby boomers”, e a geração X, Y, Z. O termo “baby boom” refere-se à explosão de nascimentos que ocorreu depois da segunda guerra mundial, sendo os bebês nascidos nesta época chamados de “baby boomers”. A geração X são os filhos dos “baby boomers”, nascidos entre 1960 e 1980 e a Y os que nasceram após 1980 até 1990. As crianças e jovens da geração Z, nascidos após os anos 90, são assim chamados porque gostam de “zapear” e já nasceram conectados à internet. Cada geração possui comportamento e características próprias, tendo aspectos negativos e positivos. Apesar destas classificações, não se pode generalizar, pois vemos pessoas que são consideradas da geração Y comportando-se como “baby boomer” e os da geração X agindo como se fosse da Y.
Deixando os rótulos de lado, estamos falando sobre a dificuldade que as pessoas possuem em conviver com os que são diferentes. Em vez de falar de conflitos de gerações poderíamos falar em conflitos de valores. Cada pessoa possui experiências, personalidades, caráter e valores diferentes que trazem da família, da cidade ou país onde moram, da escola etc.
Valores são âncoras do comportamento individual que orientam a conduta na vida, são princípios regidos pela ética que norteiam todas as ações. Pessoas que possuem valores positivos fortes transmitem confiança, pois são previsíveis (positivamente), até mesmo sob forte pressão agirão conforme seus valores. As questões relacionadas a valores, como por exemplo, a ética, honestidade, verdade, respeito à natureza, aos outros e a si próprio, cumprimento de leis e regras, justiça, amizade, bondade, conhecimento, entre vários outros devem ser apresentados às crianças de forma clara e coerente desde a primeira infância.
As crianças primeiramente aprendem valores com os pais, depois com a escola e a sociedade na qual está inserida. Portanto, os pais precisam praticar o que falam que os filhos devem fazer, pois mais do que os conselhos são os exemplos que ensinam. Precisam também acompanhar o que os filhos estão aprendendo na escola, com os amigos e na rua. Participar de reuniões na escola, conversar com professores, acompanhar os estudos em casa, conhecer os amigos e os pais deles, enfim participar ativamente da vida dos filhos.
Muitas gerações ainda estão por vir, e com a globalização e o aumento da expectativa de vida todas elas terão que aprender a lidar com diferentes valores, idades, gêneros, culturas, nacionalidades, religiões, tribos na sociedade e dentro das empresas e escolas. Os conflitos irão diminuir quando as pessoas deixarem de lado rótulos e preconceitos e aprenderem a respeitar uns aos outros e as diferenças individuais, criando ambientes saudáveis e geradores de bons resultados onde os mais velhos aprendem com os mais novos e vice versa. A base de tudo está em respeitar!
E viva o diferente!
Claudia Carraro