Por Claudia Carraro*
Em 1943 foi promulgada a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que criou a carteira profissional, regulamentou horários de trabalho, definiu férias remuneradas, estabeleceu as condições de trabalho para menores entre outras normas.
Nas décadas de 60 e 70 promulgaram-se as leis de segurança do trabalho e saúde ocupacional.
No final dos anos 70, início dos anos 80, houve um salto qualitativo na maneira de gerenciar pessoas, houve a preocupação com o desenvolvimento organizacional. As empresas criaram sua missão, visão de futuro, estabelecimento de objetivos e regras, e também fizeram o planejamento estratégico.
A década de 80 foi considerada a era da qualidade, onde o componente humano nas empresas fazia a diferença, com o surgimento dos círculos de controle de qualidade (CCQ), onde se formavam comitês que eram responsáveis pela melhoria contínua dos processos.
A década de 90 foi considerada a era do cliente, dos serviços, dos produtos competitivos e da qualidade com bons preços. Houve também a abertura do mercado, estabilização da moeda, globalização, criação do código de defesa do consumidor. Neste momento empresas com gestão ineficiente começaram a desaparecer, só sobrevivendo aquelas que acompanharam as mudanças.
O início do século 21 também foi marcado por grandes modificações. Estamos vivendo a era do conhecimento, onde as organizações precisam antecipar-se e adaptar-se aos novos desafios. Hoje, o principal capital de uma empresa é o intelectual, isto é, seus funcionários, as pessoas que fazem o negócio progredir. Tornou-se imprescindível para a empresa atrair, reter e desenvolver seus talentos através de salários, benefícios, oportunidades de carreira, delegação de responsabilidades e ética nas relações das lideranças.
Porém, a gestão dos recursos humanos em muitas empresas ainda deixa muito a desejar. Muitos gerentes e proprietários sequer reúnem-se com seus funcionários, muitas vezes por não saberem como conduzirem uma reunião de modo eficaz. Outro problema comumente observado é a seleção de funcionário falha e paternalista, falta de liderança, funcionários desmotivados, falta de envolvimento em programas sugeridos pela diretoria, proprietários com comportamento autoritário e centralizador, dentre outros.
Ao contrário do que se pensa o trabalho de RH não é só para grandes empresas. Pequenas e micro empresas também podem ter um trabalho de RH, ajustado as suas necessidades.
O futuro da área de Recursos Humanos será uma atuação estratégica valorizando a gestão por competências, retenção de talentos, política de remuneração, plano de carreiras, flexibilidade e participação nos lucros, entre outros subsistemas.
Como visto, a área de Recursos Humanos vem evoluindo, assim como as organizações , ao longo dos anos. Neste contexto, torna-se primordial para todas as empresas micro, médias e grandes, investirem no desenvolvimento dos seus Recursos Humanos para continuarem sendo competitivas e inovadoras neste mercado em constante evolução.
Claudia Carraro*
CRP 06/52299-0
Psicóloga e Coach Especialista em Orientação de Carreiras
(12) 3913-7128(secretaria)
(12) 997861802