Modelo PAI(Processamento Adaptativo da Informação)
Se você já ouviu falar em EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) e ficou curioso sobre como ele funciona, precisa conhecer o Modelo PAI (Modelo de Processamento Adaptativo de Informação). Ele é a base teórica que explica por que essa terapia funciona tão bem para tratar traumas e outras dificuldades emocionais.
O PAI parte de uma ideia simples: nosso cérebro é feito para processar experiências e guardá-las de forma adaptativa. Quando passamos por algo muito intenso ou traumático, esse processamento pode “travar”. A memória fica armazenada com toda a carga emocional e sensorial original, como se o evento estivesse acontecendo de novo. É isso que pode causar flashbacks, ansiedade, medo ou até sintomas físicos.

O modelo PAI parte de uma ideia simples: nosso cérebro é feito para processar experiências e guardá-las de forma adaptativa. Quando passamos por algo muito intenso ou traumático, esse processamento pode “travar”. A memória fica armazenada com toda a carga emocional e sensorial original, como se o evento estivesse acontecendo de novo. É isso que pode causar flashbacks, ansiedade, medo ou até sintomas físicos.
Como o EMDR atua segundo o AIP
O EMDR funciona como uma “ponte” que ajuda o cérebro a destravar e processar a memória traumática. Ele utiliza protocolos específicos e estimulação bilateral (como movimentos oculares guiados) para reativar a rede neural onde a memória está presa e permitir que ela seja reorganizada.
O resultado?
- A lembrança continua existindo, mas perde o peso emocional que causava sofrimento.
- Você ganha espaço para novas percepções e emoções mais equilibradas.
Imagem de Kohji Asakawa por Pixabay
Como o EMDR atua segundo o modelo PAI
O EMDR funciona como uma “ponte” que ajuda o cérebro a destravar e processar a memória traumática. Ele utiliza protocolos específicos e estimulação bilateral (como movimentos oculares guiados) para reativar a rede neural onde a memória está presa e permitir que ela seja reorganizada.
E o resultado?
- A lembrança continua existindo, mas perde o peso emocional que causava sofrimento.
- Você ganha espaço para novas percepções e emoções mais equilibradas.
Essa abordagem já é amplamente estudada e tem eficácia comprovada para TEPT, luto prolongado, dor crônica, fibromialgia, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, performance, etc. Pode ser aplicada online ou em grupo.

Legenda: O Modelo AIP(PAI) mostra como o cérebro processa experiências. Em situações normais, a memória é armazenada de forma adaptativa, sem causar sofrimento. Já experiências traumáticas podem “bloquear” esse processamento, deixando a memória congelada com toda a carga emocional e física original, o que gera sintomas como ansiedade, medo ou dor. O EMDR atua destravando e reprocessando essa memória, integrando-a de forma saudável para que deixe de provocar sofrimento no presente.
O que dizem as pesquisas
Encontrei um artigo muito interessante que fala sobre isso. Um artigo de revisão recente na Frontiers in Psychiatry reuniu 16 estudos sobre EMDR e PAI. Entre os achados, destacam-se:
- Fibromialgia: redução significativa da dor e melhora do sono.
- TEPT: eficácia comparável ou superior a outras terapias.
- Formato online: bons resultados, inclusive em protocolos de grupo.
- Neurociência: evidências de que o EMDR pode proteger estruturas cerebrais contra o estresse.
Isso mostra que o EMDR é uma ferramenta versátil e segura, que pode ser adaptada a diferentes realidades e necessidades.
O que é EMDR e como funciona na prática?
Por que isso importa para você
Se você é psicólogo, conhecer o modelo PAI aprofunda a compreensão de como o EMDR realmente transforma a experiência do paciente.
Se você é paciente, entender esse modelo ajuda a perceber que o EMDR não “apaga memórias”, mas as transforma para que elas deixem de comandar suas emoções e reações.
Me conta, já conhecia o modelo PAI? Já conhece o EMDR?
Claudia Carraro
Psicoterapeuta Certificada em EMDR e Especialista em Carreira
Fonte consultada:
OREN, E.; GÜNDOĞMUŞ, İ.; YAŞAR, A. B. EMDR e o Modelo AIP: Curando as Cicatrizes do trauma. Frontiers in Psychiatry, v. 15, 2024.