SONHADA APOSENTADORIA

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A SONHADA APOSENTADORIA

Por Claudia Carraro

Quem nunca pensou em se aposentar? Qual funcionário já não fez as contas de quantos anos faltam para deixar aquele trabalho e descansar? Quantas pessoas não pensam em dias de lazer, quando poderão passar os dias pescando, viajando ou cuidando do sítio? E quantos já estão bem próximos da aposentadoria e já perceberam que depois não terão o que fazer ou terão que dar um jeito de arrumar outro trabalho, pois só o dinheiro da aposentadoria não será suficiente para manter o padrão de vida atual? Outros ainda nunca pensaram ou sequer se prepararam para este momento da vida.

Uma pesquisa realizada por uma instituição financeira, intitulada “O futuro da aposentadoria, é tempo de se preparar” (HSBC Seguros, 2010), indica que 25 % dos brasileiros não sabem qual será a fonte de renda na aposentadoria. Outros entrevistados esperam na aposentadoria contar com o apoio financeiro dos filhos, herança, aluguéis ou pensão. Apenas 11% dos entrevistados citaram que deverá ter uma renda proveniente de economias e investimento quando se aposentarem.

 

Porém, além dos aspectos financeiros, as questões emocionais atingem também os aposentados. Trabalho é identidade e aposentadoria muitas vezes é sentida como perda do sentido da vida, pois a atividade ocupacional torna-se ao longo do tempo o regulador da vida das pessoas. A vida familiar, os horários e as outras atividades são organizados de acordo com a rotina de trabalho dos membros da família.

Além disso, vivemos em uma sociedade que valoriza o jovem e onde ser de mais idade significa exclusão do mercado de trabalho. Muitas vezes, ser velho é sobreviver, ao contrário das sociedades orientais onde os mais velhos são vistos com respeito e admiração.

Segundo a ONU, 16 % dos habitantes do planeta têm mais de 60 anos. Esse número aumentará para 29% na metade do século 21. O Brasil, segundo o IBGE, possui 14 milhões de idosos. Em 2020, teremos 30 milhões, onde ocuparemos o sexto lugar no mundo em número de habitantes com mais de 60 anos. A expectativa de vida também tem aumentado devido à descoberta de novos medicamentos e tratamentos para doenças antes fatais. Em 2010 o IBGE apontou como expectativa média de vida para os brasileiros 73,1 anos, 10 anos a mais que em 1980.

Muitas pessoas irão viver mais de 90 anos, e se a aposentaria vier  aos 60, ainda terão pela frente 30 anos de vida, e não dá para passar 30 anos esperando somente a vida passar. Existem muitos casos de depressão em idosos associados à perda do emprego ou aposentadoria.

Para quem está próximo da aposentadoria o ideal é planejar este momento de mudança. Várias angústias podem estar presentes na vida de quem passa por essa transição. Será preciso deixar velhos hábitos de lado assim como aprender a lidar com arrependimentos e perdas do passado, lidando com as crenças limitantes e preparando-se para a nova fase da vida. Algumas questões estarão presentes no dia a dia dos aposentados, como lidar com as reações negativas de familiares ou aprender o que fazer com o tempo disponível, e até mesmo lidar com o afastamento ou perda das amizades construídas ao longo de anos no trabalho. Encontrar prazer em outra ocupação ou profissão também é recomendável, manter corpo e a mente ativos ajuda na qualidade de vida. Várias empresas já investem em programas de planejamento para a aposentadoria, oferecendo aos funcionários um espaço para tratar de todas as questões relacionadas à aposentadoria, por exemplo, educação financeira assim como aspectos emocionais e sociais.

E quem pretende continuar trabalhando mesmo depois da aposentadoria tem uma boa notícia: no Vale do Paraíba os profissionais com mais idade e experiência têm tido mais oportunidades e assim estão voltando a trabalhar ou adiando a aposentadoria. Algumas empresas optam pela mão de obra dos mais velhos pelo acumulo de conhecimento e experiência e também pela atenção e comprometimento que dispensam com os clientes e empregadores.

Para quem pretende adiar a aposentadoria ou continuar trabalhando mesmo depois de aposentar-se deve se preocupar com a saúde e com a disposição física. Pois, em que adianta ter tanta experiência, conhecimento acumulado e vontade de continuar trabalhando se fisicamente isso não for possível? Portanto, exercícios físicos, alimentação balanceada, visitar o médico freqüentemente, cuidar da mente desde jovem são atitudes que trarão bons resultados no futuro.

Portanto, a dica é preparação: se preparar para escolher uma boa carreira, se preparar para desenvolver bem a carreira e, claro, se preparar parar a tão sonhada aposentadoria!

Claudia Carraro

CARREIRA&CIA

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