Tratamento da Depressão com EMDR em São José dos Campos

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Sumário

TIPOS DE DEPRESSÃO

  1. Transtorno Depressivo Maior: Caracteriza-se por episódios depressivos intensos que duram pelo menos duas semanas e incluem sintomas como tristeza profunda, perda de interesse ou prazer, alterações no apetite e sono, fadiga, sentimentos de culpa ou inutilidade, dificuldade de concentração e pensamentos de pensamentos morte ou suicídio.
  2. Transtorno Distímico: Este transtorno envolve sintomas depressivos recorrentes que persistem por pelo menos dois anos, com menos intensidade do que o transtorno depressivo maior. Pode ser caracterizado por uma sensação prolongada de tristeza, falta de energia e baixa autoestima.
  3. Transtorno Depressivo Persistente (antigo Transtorno Depressivo Crônico): É uma forma mais prolongada de depressão que pode durar anos e envolve episódios de depressão maior intercalados com períodos de sintomas menos graves.
  4. Transtorno Bipolar: Embora a depressão seja uma parte fundamental do transtorno bipolar, ela se caracteriza por oscilações entre episódios de depressão e mania ou hipomania, onde o humor é elevado e a energia aumentada.
  5. Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM): Envolve sintomas depressivos graves que ocorrem durante a fase lútea do ciclo menstrual, afetando significativamente o funcionamento da mulher.
  6. Transtorno Depressivo Induzido por Substância: O uso de substâncias como álcool, drogas ou medicamentos pode desencadear sintomas depressivos.

É importante lembrar que um diagnóstico preciso de depressão deve ser feito por um profissional de saúde mental, pois requer uma avaliação completa dos sintomas e da história do paciente.

SIINTOMAS DA DEPRESSÃO

A depressão é uma condição de saúde mental que pode afetar as pessoas de maneiras diferentes, e os sintomas podem variar em intensidade. Os sintomas da depressão podem incluir:

  1. Tristeza persistente ou sensação de vazio: Sentir-se triste, desesperado ou desanimado na maior parte do tempo.
  2. Perda de interesse ou prazer: Perda de interesse em atividades que antes eram costumeiras, como hobbies, socialização e trabalho.
  3. Mudanças no apetite ou no peso: Pode haver perda ou ganho de peso significativo sem motivo aparente.
  4. Distúrbios do sono: Insônia (dificuldade em dormir) ou hipersonia (dormir demais) são comuns.
  5. Fadiga e falta de energia: Sentir-se constantemente cansado e sem energia, mesmo após descanso.
  6. Sentimentos de culpa ou inutilidade: Autoestima baixa, sentimentos de culpa excessivos e autocrítica.
  7. Dificuldade de concentração: Dificuldade em se concentrar, tomar decisões ou lembrar coisas.
  8. Agitação ou lentidão psicomotora: Algumas pessoas podem se sentir inquietas e incapazes de ficar paradas, enquanto outras podem experimentar lentidão extrema nos movimentos e pensamentos.
  9. Pensamentos suicidas: Pensamentos sobre a morte, suicídio ou autolesão podem ocorrer em casos graves de depressão.
  10. Sintomas físicos: dores inexplicáveis, dores de cabeça frequentes e problemas digestivos podem estar associados à depressão

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

O tratamento da depressão envolve uma abordagem multidisciplinar e pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais do paciente. Aqui estão algumas das opções de tratamento mais comuns:

  • Terapia psicológica
  • Medicamentos
  • Estilo de vida saudável
  • Exercício regular
  • Alimentação equilibrada:
  • Sono adequado
  • Redução do estresse
  • Apoio social

Lembrando que o tratamento da depressão é altamente individualizado, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. É fundamental buscar ajuda profissional para avaliar sua situação específica e criar um plano de tratamento adequado. A depressão é uma condição séria, mas com o tratamento correto, muitas pessoas conseguem melhorar significativamente sua qualidade de vida. Se você ou alguém que você conhece está sofrendo de depressão, não hesite em procurar ajuda.

TRAUMAS E DEPRESSÃO

A depressão pode ser causada por uma combinação de fatores e traumas emocionais podem desempenhar um papel importante. Alguns tipos de traumas que podem contribuir para a depressão incluem:

  1. Trauma na infância: Abuso físico, abuso sexual, negligência ou eventos traumáticos na infância podem aumentar o risco de depressão na idade adulta.
  2. Trauma de guerra ou violência: Experiências traumáticas relacionadas à guerra, violência ou assaltos podem levar à depressão.
  3. Perda de entes queridos: A morte de alguém próximo pode ser um evento traumático que desencadeia a depressão.
  4. Trauma psicológico: Traumas emocionais, como bullying persistente, discriminação ou relacionamentos abusivos, também podem contribuir para a depressão.
  5. Trauma médico: Diagnósticos de doenças graves, acidentes graves ou cirurgias traumáticas podem afetar o bem-estar emocional e levar à depressão.
  6. Trauma pós-traumático (TEPT): O transtorno de estresse pós-traumático é uma condição relacionada a traumas graves e pode estar associada à depressão.

É importante lembrar que nem todas as pessoas que vivenciam traumas desenvolvem depressão, a vulnerabilidade individual e outros fatores desempenham um papel na probabilidade de alguém desenvolver essa condição. A depressão é uma doença complexa e geralmente requer tratamento profissional, independentemente de suas causas. Se você ou alguém que você conhece está lutando contra a depressão, é fundamental procurar ajuda de um profissional de saúde mental.

EMDR PARA DEPRESSÃO

A Terapia de Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR, sigla em inglês para Eye Movement Desensitization and Reprocessing) é uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida por Francine Shapiro nos anos 80. Ela é usada principalmente no tratamento de pessoas que sofreram traumas, mas também pode ser aplicado a uma variedade de outros problemas emocionais e psicológicos comoa depressão.

O EMDR é baseado na ideia de que traumas e experiências emocionais perturbadoras podem não ser processados ​​corretamente pelo cérebro, ficando presos na memória e causando depressão, ansiedade, flashbacks, pesadelos e evitação de situações relacionadas ao trauma. A terapia EMDR visa ajudar os pacientes a processar essas memórias traumáticas de uma forma mais adaptativa, tornando-as menos perturbadoras.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais o EMDR pode ajudar na depressão:

  1. Reprocessamento de memórias traumáticas: O EMDR ajuda os indivíduos a processar e integrar as memórias traumáticas de forma mais adaptativa. Isso pode reduzir os sintomas de depressão que são frequentemente associados a essas memórias.
  2. Redução da ativação emocional: Durante uma sessão de EMDR, os terapeutas utilizam movimentos oculares, sons ou toques táteis para ajudar os pacientes a acessar as memórias traumáticas de forma menos emocionalmente carregada. Isso pode diminuir a ativação emocional associada a essas memórias e, por sua vez, reduzir a depressão.
  3. Mudança de crenças disfuncionais: O EMDR pode ajudar os pacientes a identificar e modificar crenças disfuncionais sobre si mesmos e o mundo que contribuem para a depressão. Isso é feito através do processamento das memórias traumáticas que podem ter dado origem a essas crenças negativas.
  4. Fortalecimento da resiliência: O EMDR pode ajudar os pacientes a desenvolver uma maior sensação de controle sobre suas respostas emocionais e a capacidade de enfrentar situações estressantes de forma mais adaptativa. Isso pode ajudar a reduzir a depressão.

A terapia EMDR envolve geralmente oito fases:

  1. História Clinica : O terapeuta faz uma avaliação da história do paciente, incluindo traumas passados ​​e sintomas atuais. Juntos, terapeuta e paciente desenvolvem um plano de tratamento.
  2. Preparação : O terapeuta trabalha com o paciente para criar um ambiente seguro e ensina técnicas de autorregulação para ajudar o paciente a lidar com emoções e ansiedade que podem surgir durante uma terapia.
  3. Avaliação : O terapeuta ajuda o paciente a identificar alvos específicos para o tratamento, que podem ser memórias traumáticas ou negativas relacionadas ao trauma.
  4. Dessensibilização : Nesta fase, o paciente é convidado a reviver a memória traumática enquanto o terapeuta direciona os movimentos oculares bilaterais (ou outros estímulos sensoriais, como toques táteis ou filhos bilaterais). Isso é feito para facilitar o processamento adaptativo da memória.
  5. Instalação : O foco fase é fortalecer positivamente positivas e estes recursos internos do paciente para substituir as opiniões negativas associadas ao trauma.O terapeuta trabalha com o paciente para fortalecer ainda mais as positivas e adaptativas.
  6. Escaneamento Corporal : O paciente é convidado a revisitar a memória traumática enquanto verifica a presença de tensão física ou desconforto em seu corpo, ajudando a liberar qualquer tensão remanescente.
  7. Fechamento: É quando a sessão é fechada
  8. Reavaliação : Nesta última fase, o terapeuta e o paciente revisam o progresso e fazem os ajustes conforme necessário.

É importante saber  que o EMDR é uma abordagem terapêutica que deve ser administrada por um terapeuta treinado e licenciado, pois pode envolver o ressurgimento de memórias traumáticas que podem ser intensas.

Claudia Carraro

Psicoterapeuta de EMDR e Especialista em Carreira

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